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Obesidade

Obesidade infantil

A obesidade infantil é definida quando o peso está maior que o recomendado para sua idade e altura. Atualmente é considerada epidemia do século XXI. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), houve um aumento significativo da doença em todo o mundo, somando cerca de 45 milhões de crianças e adolescentes.

No Brasil, cerca de um milhão de crianças são obesas, principalmente nas regiões sul e sudeste, com maior prevalência do sexo feminino. O antecedente familiar de obesidade é um dado importante na história clínica do paciente obeso pois já se provou que o risco de uma criança ser obesa é de 80% quando os pais são obesos, de 50% quando um dos genitores é obeso caindo para 9% quando os pais são eutróficos. E o dado mais importante e de impacto é que a cada 10 crianças obesas 9 se tornarão adultos obesos e terão sua expectativa de vida reduzida em 5 a 20 anos. Portanto a agenda infância e a adolescência é o momento crucial para intervenção. As causas para ocorrência da obesidade infantil são:

  • Dieta desequilibrada, rica em fast foods, alimentos industrializados e congelados, refrigerantes, doces e frituras
  • Sedentarismo
  • Invasão da tecnologia ( videogame, tablets, celulares)
  • Histórico familiar de obesidade, uma vez que a doença tem influência genética e os maus hábitos alimentares podem ser ensinados de pai para filho
  • Fatores psicológicos, como estresse ou tédio, podem fazer as crianças comerem mais do que o normal

O diagnóstico de obesidade nas crianças é realizado pelo IMC, mas é diferente do adulto pois para crianças variam de acordo com o sexo e idade.

E com o diagnóstico, é imprescindível a investigação de complicações e comorbidades como: dislipidemia, esteatose hepática, hipertensão arterial, resistência insulínica e DM-2, além dos aspectos emocionais como depressão , dificuldades de relacionamento interpessoais e queda de rendimento intelectual.

O tratamento do sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes se da a longo prazo e consiste em acompanhamento multidisciplinar com mudanças comportamentais, reeducação da ingestão calórica, aumento do gasto energético (aumento de brincadeiras e atividade física vigorosa (pelo menos 1 hora por dia), redução do uso de telas (máximo de 2 hora por dia somando computador, videogame estático, celular, tablet) e principalmente o envolvimento familiar no processo terapêutico.

O objetivo do tratamento em crianças com sobrepeso e obesidade leve pode ser apenas a manutenção do peso, resultando numa diminuição de IMC com o aumento da idade e o aumento da altura. Já para crianças com obesidade instalada com ou sem doenças associadas a perda de peso é recomendada e necessária.

Em casos que não responderam ao tratamento convencional e apresentam graves comorbidades associado a obesidade mórbida uma alternativa é o tratamento medicamentoso ou cirúrgico porém isso necessita de avaliação cuidadosa e individualizada já que há riscos de complicações e efeitos colaterais a longo prazo.

Criança e açúcar antes dos 2 anos de idade

Não é frescura é recomendação. Não se deve oferecer açúcar para bebês e crianças menores de dois anos. Isso inclui sucos industrializados, bolachas (sim, a de maisena também),danoninhos, doces em geral (desde bala, pirulito e bolo). Mas vamos entender o porque não devemos oferecer:

  • Vício: Os bebês após os 6 meses com a introdução alimentar estão aprendendo a comer. E São as papilas gustativas as responsáveis pela adaptação e conhecimento dos sabores (doce, salgado, azedo e amargo). O açúcar quando introduzido precocemente faz com que as papilas fiquem “viciadas” rejeitando os outros alimentos principalmente saudáveis. Além disso, ele também ativa determinados neurotransmissores promovendo a sensação de bem-estar, o que também contribui para o vício.
  • Caloria vazia: Vale lembrar que o açúcar é caloria vazia, isso significa que apesar de possuir muita caloria não há nutrientes. E as crianças que consomem muito açúcar tem muita energia e pouca fome resultando numa maior dificuldade em estabelecer uma rotina alimentar saudável.
  • Risco Saúde: Estudos comprovam que crianças que consomem açúcar têm maior risco de desenvolver diabetes e obesidade. Além de promover promover surgimento de cáries ?.

Então pense bem antes de dizer é só um pedacinho ou só um pouquinho. Somos nós que apresentamos as comidas aos nossos pequenos. Fica a dica!